Roteiro Turístico

Actualmente os visitantes deslocam-se ao Colmeal e Cadafaz para conhecer a comunidade no coração das montanhas, para participar nas festas locais ou para desfrutar de várias excelentes praias fluviais, assim como da riquíssima gastronomia e artesanato que fazem parte da ancestral cultura da terra. Cadafaz e Colmeal são atravessadas pelo rio Ceira, rio que apresenta águas límpidas e praias fluviais, o que atrai milhares de turistas no Verão. Como curiosidade, nas terras montanhosas do Colmeal e Cadafaz, é possível observar certos animais selvagens, como o javali, o veado, a raposa e alguns tipos de aves, próprias desta região. Vale a pena percorrer a estrada de Góis para o Colmeal, pois apesar de muitas curvas, proporciona o contacto com belas paisagens ribeirinhas.

A VISITAR

• Capela de Santo António, sito Cadafaz O seu retábulo em talha revela um belíssimo trabalho, julgando-se da época Barroca, além do tecto em arco com pinturas em quadros alusivos ao Velho e Novo Testamento. A sua festa anual é a 13 de junho.
• Igreja Matriz do Cadafaz, com torre sineira, remetente aos séc. XVII e XIX (1606-1815-1855)
• Aldeia de Xisto da Cabreira
• Lagar de Azeite comunitário da Cabreira. Neste lagar podemos ver como funciona o velho sistema de "varas", mecanismo que ajuda a extraír da azeitona o seu saboroso óleo, o azeite. Todos os anos, na poca da apanha da azeitona, este lagar é colocado a funcionar para fins turísticos. No final da atividade os visitantes têm ainda a oportunidade de saborear a tibornada (prato típico) bem regada de azeite.
• Ponte antiga sobre o Rio Ceira
• Moinho da Cabreira, localizado junto ao lagar, usado para moer milho, daí o fabrico da farinha. Esta farinha é posteriormente usada para fazer a broa de milho.
• Pedra Riscada – Arte Rupestre
• Lagar de Azeite comunitário da Candosa
• Praia Fluvial da Cabreira
• Praia Fluvial da Ponte, sito Colmeal
• Praia Fluvial da Candosa
• Paisagem no parque eólico das Mestras
• Parque de merendas junto à Capela do N. Sr. da Amargura, sito Colmeal
• Espaço Museológico do Soito. Na bonita localidade de Soito, freguesia de Colmeal, encontra-se o Núcleo Museológico do Soito. Aqui encontrará peças que lhe proporcionarão uma viagem ao passado!
• Núcleo Museológico da Cabreira

PATRIMÓNIO RELIGIOSO


• IGREJA PAROQUIAL DO CADAFAZ
• IGREJA PAROQUIAL DE COLMEAL
• CAPELA DE SANTO ANTÓNIO
• CAPELA DA CANDOSA
• CAPELA DA CABREIRA
• CAPELA DE CORTEREDOR
• CAPELA DA SANDINHA
• CAPELA DE RELVAS
• CAPELA DA ALDEIA VELHA
• CAPELA DO CARVALHAL
• CAPELA DO SOBRAL
• CAPELA DO SOITO
• CAPELA DA MALHADA - SAO JOSE
• CAPELA DA MALHADA SRA FATIMA
• CAPELA DA SRA AMARGURA
• CAPELA DE AÇOR
• CAPELA DE ADELA S. LOURENÇO
• CAPELA DE ADELA SRA DA LUZ

EVENTOS ANUAIS CADAFAZ:

O Santo Padroeiro de Cadafaz é o Santo António.

- Festa em honra de São Sebastião, o Mártir, com vinho, castanhas e pão - Cadafaz: janeiro

- N. Srª da Conceição - Corterredor: 8 de dezembro

- N. Sr das Neves - Cadafaz: 5 de agosto (sendo a festa realizada no 1º domingo do mês)

- Santo António - Cadafaz: 13 de junho

- Santo Amaro - Cabreira: 15 de janeiro

- São Domingos - Sandinha: 4 de agosto

- N. Sª dos Remédios - Candosa: 2º Domingo de julho

- Santa Luzia - Relvas: 13 de dezembro

- São Caetano - Capelo: 29 de agosto

- N. Sra. da Boa Morte - Mestras

- N. Sra. do Desterro e S. Tiago - Cimo das Mestras (Alto da Serra): 25 de julho

- Festival das sopas - União Recreativa do Cadafaz. (Mês de junho)

- Bodo do Cadafaz – Todas as aldeias têm um mordomo, excepto no Cadafaz e Cabreira em que são dois. São nomeados no dia do Bodo para o ano seguinte, assim como o Juiz, que tem a responsabilidade de ver se tudo está a correr bem, de comprar o pão, o vinho e no dia do Bodo de orientar as coisas. Realiza-se no primeiro domingo a seguir ao dia 20 de janeiro.

EVENTOS ANUAIS COLMEAL

O Santo Padroeiro de Colmeal é São Sebastião, ao qual a Igreja é dedicada. O Santo é honrado em Janeiro; nesta altura, todos os membros da comunidade recebem um copo de vinho, um pacote de figos e pão em cumprimento de uma promessa e recordação de um tempo que a freguesia foi vítima de uma epidemia.

- Festa em honra da N. Sra. Do Rosário, local: Sobral e Casais, 3.º fim-de-semana de agosto

- Festa em honra da N. Sra. Do Livramento, local: Aldeia Velha e Casais, 3.º fim-de-semana de agosto

- Festa em honra do Sr. de Amargura, local: Colmeal, fim-de-semana mais próximo do dia 15 de agosto, geralmente 2.º fim-de-semana

- Festa em honra de S. Lourenço e N. Sra. Da Luz, local: Ádela, 2.º fim-de-semana de agosto

- Festa em honra de S. José e N. Sra. De Fátima, local: Malhada e Casais, o fim-de-semana mais próximo de dia 11 de agosto

Em 11 de agosto de 1899, foi feita uma promessa pela população a S. José, devido a uma trovoada que prejudicou em grande escala a aldeia da Malhada. Esta promessa consistia da realização de uma missa, um sermão e uma dúzia de foguetes

- Festa em honra de S. Pedro, local: Soito, 1.º fim-de-semana de julho

- Festa em honra de S. João, local: Carvalhal, fim-de-semana mais próximo do dia 23 de Junho, dia de S. João

- Festa em honra de N. Sra. Da Saúde, local: Açor, 1.º fim-de-semana de Agosto;

- Bodo do Colmeal


GASTRONOMIA


Tem características peculiares e ímpares a gastronomia tradicional da Beira-Serra, possuindo uma riqueza nesse campo que convém convenientemente. Aqui predominam as sopas, a carne (galinha, caça, cabra, porco) e as deliciosas sobremesas.

A rainha das carnes é a de cabra nas suas mais variadas vertentes. Se for assada a de cabrito tenrinho é a mais procurada pois tem um sabor único.

A principal iguaria é a chanfana, invento secular dos nossos antepassados que conseguiram descobrir a forma de tirar o máximo de rendimento da cabra. Esta espécie de gado predomina na nossa região desde há muitos séculos aproveitando-se todos os seus derivados. Assim o gado servia para produzir estrume utilizado para adubar as terras, leite para convencionar os mais variados alimentos lácteos, a pele para elaborar vestimenta e artigos úteis no dia-a-dia, os chifres eram aproveitados para fabricar infinitos artigos e finalmente a carne utilizada na alimentação. A cabra para procriar era aproveitada até envelhecer o que tornava a sua carne rija e muito gorda. A chanfana justamente resolveu este problema pois a carne é confeccionada em recipientes de barro escuro e temperado em vinho tinto carrascão.

Também a célebre sopa de castanhas, O pão de milho, a célebre broa, são alimentos típicos desta terra, sendo muito apreciados tanto pelos residentes como pelos visitantes.
O mel, um dos mais apreciados de Portugal, é um condimento que entra em alguns pratos típicos, tais como nas "Filhós de Mel".

ARTESANATO


Algumas pessoas da terra mantêm viva a arte de fazer queijo, mel e seus derivados, como a aguardente e o vinagre de mel, tapeçaria, tecidos em lã, panos de cozinha com “picot”, sacos de retalhos de panos coloridos, pequenas casas de xisto, bancos em madeira ou as características tripeças.

Na serra, região de invernos rigorosos e de actividades económicas que obrigavam a percorrer a serra nas mais diversas situações climatéricas, a criação de gado não só abastecia a família de leite e carne, mas a ovelha fornecia ainda uma importante matéria-prima, a lã.
Miniaturas de casas em xisto
Xisto é um tipo de rocha metamórficas fortemente laminada, em Portugal é também conhecida por "lousa”.
De uma forma artesanal os artesãos conseguem esculpir, de um pedaço de xisto, autênticas obras de arte, miniaturas representativas das casas locais.

Miniaturas de cortiços
A cortiça, por ser extremamente leve, com bom isolamento térmico e de fácil transporte, deu origem ao cortiço (colmeia feita de cortiça). Mais tarde, devido a evoluções tecnológicas, passou a ser mais usada a colmeia de quadros móveis, passando os cortiços a serem reproduzidos em dimensões menores apenas para recordação.

Miniaturas de alfaias agrícolas
Usando essencialmente madeira e cortiça, o artesão cria pequenas alfaias agrícolas, maquinaria do passado que assim pode ser recordada.

Tapeçaria, Rendas e Bordados
Prática tipicamente feminina usada para ornamentar e enriquecer naprons, panos de cozinha, entre outras peças têxteis.

Trapologia
Este trabalho exige da mulher paciência, espírito criativo e sensibilidade na união dos vários quadradinhos de tecido.
As mantas aos quadrados ou "quadros" são utilizadas para cobertas de cama, tapetes e passadeiras.